Contexto

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Para uma melhor compreensão do assunto, devemos retomar brevemente o contexto histórico no qual René Descartes viveu. Esse período, chamado de Idade Moderna (1453-1789), foi caracterizado por dois fatores marcantes: o Absolutismo e o Mercantilismo.
Com o declínio do sistema feudal, marcado pela falta de um líder centralizado (as terras estavam divididas entre os senhores feudais), começam a surgir os Estados Nacionais, em que a figura do rei volta a ter o papel de unificadora do poder. Dessa maneira, os territórios passaram a serem delimitados por fronteiras nacionais, sendo o rei, o único líder dessas terras. Os primeiros Estados Nacionais a serem formados foram Portugal, Espanha, Inglaterra e França.

O rei volta a centralizar seu poder
Assim,  os monarcas conquistavam cada vez mais poder, tomando suas decisões de maneira absoluta, não sendo necessário prestar contas para ninguém (é essa a razão pela qual o termo absolutismo é empregado).
A partir da criação dos Estados Nacionais e da ascensão da figura de um rei absolutista, surge o “braço econômico” desse novo sistema: o Mercantilismo, cuja principal característica é o controle do Estado na economia, embasados na teoria de que o país que possuísse maiores reservas de metais (ouro e prata) seria a nação mais poderosa do mundo.
Com a ascensão da burguesia e o declínio do sistema de servidão medieval, começam as primeiras formas de se fazer capitalismo, através do fortalecimento das relações comerciais. Dessa maneira, os Estados começam a investir na exploração de novos mercados, com o sonho de conquistar territórios inexplorados e possuírem riquezas nunca antes vistas.

Os navegadores se lançavam ao mar para conquistarem o "Novo Mundo"
Esse momento histórico é conhecido como o período das Grandes Navegações, em que países como Portugal e Espanha lançam-se ao mar, em busca de novas terras  e rotas comerciais, a fim de se tornarem grandes potências imperiais.
Caravela das "Grandes Navegações"
Apesar de René Descartes ter nascido em 1596, alguns anos depois da criação dos primeiros Estados Nacionais e do desenvolvimento mercantil, o cenário histórico ainda estava carregado por esses dois fatos, caracterizando um período de transição. Dessa maneira, Descartes também dá sua importante contribuição filosófica e científica nesse contexto de intensas mudanças.

4 comentários:

  1. Lembrando que na Holanda, Descartes começou a escrever seu primeiro livro, Règles pour la Direction de I’Esprit (Regras para a Orientação do Espírito, de 1629), que não publicou em vida. Iniciou um segundo livro, Traité du Monde (Tratado do Mundo, de 1633), mas parou de escrevê-lo quando ficou sabendo que a Igreja Católica se opunha a Copérnico. Um terceiro livro, Discurso do Método (de 1637), foi publicado com grande impacto. A obra estabeleceu Descartes como uma grande força na filosofia moderna. Nela, ele discutiu a natureza do conhecimento e o processo de aprendizado de novas informações.

    Ana Paula Mascarenhas
    1º ano A

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  2. Complementando...Sua famosa frase ”penso, logo existo” foi usada para demonstrar a existência do eu, bem como a de Deus. Descartes incluiu três longos artigos sobre seus estudos científicos no fim de Discurso do Método. Um desses estudos detalhava a lei fundamental da reflexão que Descartes havia descoberto: o ângulo que um raio incidente faz com a perpendicular de uma superfície reflexiva é igual ao ângulo que o raio refletido faz com a perpendicular.

    Brunna Damião
    1º Ano A

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  3. João Victor Rodrigues10 de setembro de 2014 às 06:10

    Em 1595 ele havia recebido de presente de seu amigo, conde D’Essex: uma casa à beira do rio Tâmisa na qual escreveu “Os Ensaios” (1597-1623). Entretanto, sua amizade com o conde acaba quando este invade a Inglaterra e tenta incitar o povo contra a rainha, tomando Bacon o lado de vossa majestade e tendo papel importante na prisão de seu ex-amigo. Episódio este que lhe rendeu alguns inimigos.

    Bacon entretanto, nunca abadonará a filosofia. Dizia ele que “sem filosofia, não quero viver”.

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  4. Os pensamentos de Dercartes consistem no método de quatro regras básicas:

    VERIFICAR se existem evidências reais e indubitáveis acerca do fenômeno ou coisa estudada;
    ANALISAR, ou seja, dividir ao máximo as coisas, em suas unidades mais simples e estudar essas coisas mais simples;
    SINTETIZAR, ou seja, agrupar novamente as unidades estudadas em um todo verdadeiro;
    ENUMERAR todas as conclusões e princípios utilizados, a fim de manter a ordem do pensamento.
    Dando base a todos os seus pensamentos e conceitos.

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